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Combustíveis sintéticos renováveis contribuem para diminuir a emissão de CO₂

  • Foco no controle das mudanças climáticas
  • Veículos terão que desempenhar seu papel no corte de emissões de carbono
  • Mobilidade do futuro: Bosch destaca razões para uso de combustíveis sintéticos renováveis

Carolina Moretti

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Stuttgart, Alemanha - O Acordo de Paris exige que o aquecimento global seja limitado a 2°C acima dos níveis pré-industriais, de preferência até 1,5°C. E, para que isto aconteça, o CO₂ emitido pelos veículos rodoviários terá que ser reduzido a quase zero nas próximas três décadas. A principal questão é como.

Apesar da eletromobilidade estar ganhando força e dos carros elétricos serem tão livres de emissões quanto a produção de eletricidade que carrega suas baterias, cerca de metade dos veículos que estarão na estrada em 2030 já foram vendidos, sendo a maioria com motores a gasolina ou diesel. Assim, estes veículos também terão que desempenhar um papel importante na redução de CO₂ – e um caminho para isso será por meio do uso dos combustíveis sintéticos renováveis.

Razões pelas quais os combustíveis sintéticos renováveis farão parte da mobilidade do futuro:

1) Tempo

Os combustíveis sintéticos renováveis há muito tempo deixaram a fase básica de pesquisa. Em termos técnicos já é possível fabricar combustíveis sintéticos. Primeiramente, se aplica a eletricidade gerada a partir de fontes renováveis para obter hidrogênio da água. Então adicionam carbono. Finalmente, combinam CO₂ e H₂ para produzir gasolina sintética, diesel, gás ou querosene. O processo de produção é viável, mas falta capacidade. Ele precisa ser expandido rapidamente para atender à demanda. Os incentivos podem vir de cotas de combustível, compensando a economia de CO₂ em relação ao consumo da frota e a certeza do planejamento a longo prazo.

2) Neutralidade climática

Como o próprio nome sugere, combustíveis sintéticos renováveis são fabricados exclusivamente com energia obtida de fontes renováveis, como o sol e o vento. Na melhor das hipóteses, fabricantes capturam o CO₂ necessário para produzir esse combustível a partir do ar circundante, transformando um gás de efeito estufa em um recurso. Isso cria um ciclo virtuoso em que o CO₂ emitido pela queima de combustíveis sintéticos renováveis é reutilizado para produzir novos combustíveis. Os veículos na estrada, quando movidos a combustível sintético, são neutros ao clima.

3) Infraestrutura e tecnologia powertrain

O processo Fischer-Tropsch produz combustíveis sintéticos renováveis que podem ser usados com a infraestrutura e os motores atuais. Especialistas os chamam de combustíveis sintéticos “drop-in” porque podem ser implantados sem ter que modificar a infraestrutura e os veículos, além de terem um impacto imediato e proporcionarem resultados mais rápidos. Eles também podem ser adicionados ao combustível convencional para ajudar a reduzir as emissões de CO₂ dos veículos já em circulação atualmente. As estruturas químicas e as propriedades básicas da gasolina permanecem intactas, de modo que até carros mais antigos podem funcionar com gás sintético. Dessa forma, esses combustíveis podem contribuir para a redução de emissões de CO₂ mesmo antes de serem expandidos para produção em larga escala.

4) Custos

A produção de combustíveis sintéticos ainda é um processo caro – e se tornará consideravelmente mais acessível quando a capacidade de produção for expandida e o custo da eletricidade gerada a partir de fontes renováveis diminuir. Os estudos atuais sugerem que o custo de combustível puro entre 1,20 e 1,40 euros por litro pode ser alcançado (excluindo impostos especiais de consumo) até 2030 e menos de um euro em 2050. A desvantagem de custo desses combustíveis em comparação com os combustíveis fósseis pode ser significativamente reduzida se o valor foi atribuído à vantagem ambiental dos combustíveis sintéticos renováveis. O fato de serem compatíveis com a infraestrutura e a tecnologia automotiva de hoje oferece uma vantagem sobre outros motopropulsores alternativos.

5) Potenciais aplicações

Mesmo no futuro, quando todos os carros e caminhões forem movidos a baterias ou células de combustível, aviões, navios e parte do setor de transporte de mercadorias pesadas continuará a depender dos combustíveis convencionais. Os motores de combustão movidos a combustíveis sintéticos neutros em carbono são, portanto, um caminho essencial a ser explorado.

6) Recursos

Os biocombustíveis inovadores que são produzidos, por exemplo, a partir de resíduos, são úteis – no entanto, o fornecimento é limitado. Quando a energia renovável é usada, combustíveis sintéticos podem ser produzidos em quantidades ilimitadas. Energia renovável suficiente pode ser gerada em todo o mundo para produzir combustível que pode ser armazenado e transportado com relativa facilidade.

Atendimento à imprensa

Joern Ebberg

tel.: +4971181126223

Email: Joern.Ebberg@de.bosch.com

Em 2024, o Grupo Bosch completa 70 anos de história no Brasil. Atualmente emprega no país cerca de 10.000 colaboradores e registrou, em 2023, um faturamento líquido de 7,9 bilhões de reais com a oferta de produtos e serviços para os setores de Mobilidade, Tecnologia Industrial, Bens de Consumo e Energia e Tecnologia Predial. As operações do grupo na América Latina empregam cerca de 11.500 colaboradores que contribuíram para gerar um faturamento de 9,8 bilhões de reais, incluindo as exportações e vendas das empresas coligadas. Para mais informações: www.bosch.com.br, www.bosch-press.com.br.

O Grupo Bosch é um líder global de tecnologia e serviços. A empresa emprega cerca de 429.000 colaboradores em todo o mundo (em 31 de dezembro de 2023) e gerou vendas de 91,6 bilhões de euros em 2023. Suas operações estão divididas em quatro setores de negócios: Mobilidade, Tecnologia Industrial, Bens de Consumo e Energia e Tecnologia Predial. Com as suas atividades, a empresa pretende utilizar a tecnologia para ajudar a moldar tendências universais como automação, eletrificação, digitalização, conectividade e uma orientação para a sustentabilidade. Neste contexto, a ampla diversificação da Bosch entre regiões e indústrias fortalece a sua inovação e robustez. A Bosch utiliza a sua experiência em tecnologia de sensores, software e serviços para oferecer aos seus consumidores múltiplas soluções a partir de uma única fonte. Também aplica o seu conhecimento em conectividade e inteligência artificial para desenvolver e fabricar produtos sustentáveis e fáceis de usar. Com “Tecnologia para a vida”, a Bosch quer ajudar a melhorar a qualidade de vida e a conservar os recursos naturais. O Grupo Bosch é composto pela Robert Bosch GmbH e suas cerca de 470 subsidiárias e empresas regionais em mais de 60 países. Incluindo parceiros de vendas e serviços, a rede global de produção, engenharia e vendas da Bosch abrange quase todos os países do mundo. A força inovadora da Bosch é a base para o crescimento futuro da empresa. Em 136 locais em todo o mundo, a Bosch emprega cerca de 90.000 colaboradores na área de pesquisa e desenvolvimento, dos quais cerca de 48.000 são engenheiros de software. Mais informações: www.bosch.com, www.iot.bosch.com, www.bosch-press.com

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