No primeiro trimestre de 2017, as vendas permaneceram estáveis em relação ao mesmo período do ano passado, com isso, a empresa espera um crescimento estável no período principalmente por conta do desenvolvimento dos negócios não automotivos. Em 2016, as vendas totais do Grupo Bosch, incluindo as exportações e as vendas das empresas coligadas, atingiram faturamento líquido de 5.7 bilhões de reais, o que representou um pequeno decréscimo quando comparado a 2015. Os negócios nos setores de Bens de Consumo, Energia e Tecnologia Predial e Tecnologia Industrial tiveram uma boa performance e continuam a ser os importantes condutores do desenvolvimento da empresa na região. Já os negócios com foco em Soluções para Mobilidade ainda sofrem o impacto da retração do mercado brasileiro, exceção para reposição automotiva que manteve um bom desenvolvimento em 2016.
As operações do Grupo Bosch no Brasil foram responsáveis por 78% do volume de vendas na América Latina, atingindo 4.4 bilhões de reais, sendo 32% gerados a partir das exportações. Os mercados da América Latina, Estados Unidos e Europa foram os principais destinos dos produtos e serviços da Bosch na região.
Crescimento em novos negócios e áreas de atuação
Para estimular o desenvolvimento dos negócios na América Latina, a Bosch está atuando em novas e promissoras áreas de negócios. A agropecuária, por exemplo, é um importante setor para a economia brasileira e a Bosch está estreando na pecuária de precisão com um sistema que mudará a forma de acompanhar o desenvolvimento do rebanho. Trata-se da Plataforma Bosch de Pecuária de Precisão - uma solução inovadora de IoT (Internet das Coisas) desenvolvida no Brasil para analisar a performance do gado de forma dinâmica, dentro do seu habitat natural e sem a necessidade de transportá-lo para o curral. “A Plataforma Bosch de Pecuária de Precisão é um marco na história da Bosch, pois é início às atividades da empresa em um novo e promissor segmento, além de posicionar a Bosch América Latina como uma provedora de IoT para melhorar a produtividade e o desempenho do agronegócio de forma sustentável”, destaca Botelho.
O setor de mineração é outro segmento estratégico para a Bosch. Entre os maiores desafios dessa indústria nos próximos anos estão a segurança, melhoria da produtividade, redução de custos operacionais e aumento da eficiência energética. Com isso, a empresa quer agregar valor à toda cadeia produtiva da mina através interconectividade de objetos, dispositivos, serviços e maquinários, que permitirão o gerenciamento automatizado, preditivo e preventivo de toda a operação.
A Bosch já fornece algumas dessas soluções de IoT, como é o caso do Connected Lockout System, que permite reduzir o tempo para bloqueio e desbloqueio de energia em atividades de manutenção e que está em operação em uma grande mineradora chilena. Já o Smart Feeder - sistema inteligente desenvolvido para otimizar a manipulação mineral através do monitoramento e comando, seja localmente ou remotamente, de todas as funções de um alimentador de minério – será implementado num futuro próximo em uma importante empresa brasileira do setor.
Outro bom exemplo de atuação diversificada do Grupo Bosch é a divisão Bosch Service Solutions, uma líder global no mercado de Outsourcing de Processos de Negócios, que presta serviços tanto para o Grupo Bosch quanto para clientes externos no Brasil e na América Latina. Entre as soluções estão serviços para a mobilidade, como a chamada de emergência veicular (eCall) e gestão de frotas, serviços de experiência com cliente como customer service, data analytics e gestão de redes sociais. Há ainda soluções para monitoramento logísticos e de armazéns (Logística 4.0), processos, gestão de cadeia de suprimentos, monitoramento patrimonial e condicionamento de máquinas.
Expansão na América Latina
A América Latina continua a ser uma região estratégica para a Bosch. Em 2017, a empresa espera um crescimento moderado na região devido, principalmente, ao desenvolvimento dos novos negócios. O Grupo está presente na América Latina desde o início do século 20, com operações na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Panamá, Peru, Venezuela, Equador, Costa Rica e Uruguai.
Países como Cuba, República Dominicana e Paraguai também são focos para expansão no curto prazo, inclusive a Bosch já está atuando em Cuba, por meio de distribuidores locais nos segmentos de autopeças e ferramentas elétricas. Com esses novos escritórios e representantes de vendas, a empresa reforça sua estratégia que é desenvolver soluções orientadas para atender as demandas do mercado onde está presente.
Assim como em anos anteriores, a Bosch continua a investir na região e planeja um aporte de 130 milhões de reais em 2017, que será direcionado principalmente para a modernização de suas linhas de produção. Esses investimentos são importantes para a continuidade do desenvolvimento e da competitividade da Bosch na América Latina.
Contínuo desenvolvimento profissional
Na América Latina, o Grupo Bosch emprega cerca de 10.000 colaboradores, sendo 8.500 no Brasil. A ampla presença global, o foco na diversificação e a força inovadora são os pilares que fazem a empresa ser atrativa para jovens talentos. As novas áreas de atuação do Grupo Bosch na América Latina, por exemplo, abriram oportunidades para profissionais com outros perfis de formação, como desenvolvedores de software, veterinária, engenheiro agrônomo, cientista de dados, antropólogo entre outros.
Grupo Bosch: estratégia e perspectivas para 2017
Para 2017, a Bosch planeja um crescimento moderado das vendas entre 3% e 5% devido as perspectivas econômicas e as incertezas geopolíticas. E apesar dos grandes investimentos realizados para salvaguardar o futuro da empresa, o resultado deverá aumentar. “O sucesso empresarial de hoje nos possibilita moldar o mundo de amanhã”, diz Volkmar Denner, presidente do mundial da Bosch. “Como um lider em inovação, estamos moldando e conduzindo a transformação” completou Denner. Os principais pontos dessa transformação são as mudanças na esfera da mobilidade e IoT conectividade. Até 2020, todos os novos produtos eletrônicos serão conectados. A chave para isso é a inteligência artificial (AI). Nos próximos cinco anos, a Bosch investirá 300 milhões de euros em seu próprio centro de inteligência artificial.